Fonte Nova, Ano 1: ídolos do passado avaliam Arena

                                                  

Fonte Nova, Ano 1: ídolos do passado avaliam Arena e aguardam casa cheia

No primeiro aniversário da nova Arena, Bobô e Zé Carlos, campeões de 88, lembram grandes momentos na antiga Fonte e falam da emoção de atuar no estádio da Copa

Por Eric Luis CarvalhoSalvador

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No princípio, fez-se a Fonte. Que voltou ao pó. Mas desde 7 de abril de 2013 voltou a ser Nova. Passados os primeiros 365 dias desde que abriu novamente as portas, a Fonte Nova voltou a ser o principal cartão postal do futebol baiano. Moderno e imponente, mas sem deixar de lado a referência ao passado. O estádio baiano para a Copa do Mundo soube, como poucos, dialogar com a sua história nos seus primeiros 12 meses de existe.Como uma gigante máquina do tempo, o estádio fez, por diversas vezes, o torcedor retornar anos de sua vida e se reencontrar no mesmo endereço: Ladeira da Fonte das Pedras, sem número, no bairro de Nazaré.   


As referências ao velho estádio estão em toda parte. A abertura do anel em direção ao Dique do Tororó, charme maior da Arena, os encontros no ‘gol da Ladeira’ e a eterna ferida do lado leste, onde sete torcedores morreram, no antigo estádio, numa das maiores tragédias da história do futebol brasileiro. Está tudo lá. Vivo e presente na nova Arena Fonte Nova.

Nesse primeiro ano de novo estádio, o passado que não tira licença já teve seu dia maior de presente, quando reeditou a final do Campeonato Brasileiro de 1988.

Jogadores de Bahia e Internacional, que em fevereiro de 89 decidiram o Brasileirão do ano anterior, se reuniram para uma partida comemorativa dos 25 anos daquela final. Em 89, no jogo de ida, na antiga Fonte Nova, o Bahia venceu por 2 a 1, com dois gols de Bobô.

Organizador do evento, o ex-atacante Zé Carlos marcou o gol da vitória do Bahia na partida comemorativa. Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele lembrou o primeiro encontro com o novo estádio e festejou a chance de poder jogar nas duas Fontes.

- Me lembro na primeira vez que fui nesse novo estádio, para gravar um comercial, e eu pensei: ‘Vou voltar a jogar aqui’. E tive a oportunidade de voltar a jogar e a fazer gol. Muitos jogadores não terão chance de jogar nessas arenas feitas para a Copa. Eu tive a oportunidade jogar e de fazer gol, então para mim é muito gratificante - disse.

Outro ídolo do passado que teve oportunidade de jogar na nova Arena foi Bobô. Capitão da equipe que conquistou o bi-brasileiro em 88, o ex-camisa 8 diz que, do ponto de vista de atleta, a Fonte Nova transmite um energia diferente aos jogadores.

- Joguei meia hora e, do campo, é algo fantástico, ali do centro do campo. Eu lembro que eu brinquei com o Charles e o Zé Carlos enquanto a gente se olhava naqueles dois telões. É um barato. Do ponto de vista de atleta, apesar de só